domingo, 20 de fevereiro de 2011

Enxaqueca muitos falam, mas o que realmente é?


A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença enxaqueca, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. Por sinal, existem casos de crises de enxaqueca sem, ou com muito pouca dor de cabeça. Geralmente porém, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é moderada a severa.

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir.

A localização da dor de cabeça da enxaqueca pode variar de crise para crise; raramente dói sempre no mesmo lugar. A dor da enxaqueca pode ocorrer em qualquer lugar da cabeça, inclusive na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, dando origem à confusão com problemas dentários, de sinusite e de coluna.

Os demais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente apresenta alguns deles, em graus variados.

A duração de uma crise de enxaqueca é, tipicamente, de 3 horas a 3 dias, seguida de um período variável sem nenhuma dor de cabeça.

A crise de enxaqueca pode ser precedida por uma alteração do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doces, ou então perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos, e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes.

Entre outros sintomas da enxaqueca, estão incluidos diminuição da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas, diarreia, podendo também ocorrer as manifestações visuais já descritas.

A frequência da dor de cabeça da enxaqueca é muito variável, podendo ser desde uma vez na vida, até todos os dias, e até várias vezes ao dia, no caso da cefaléia-em-salvas.

A cefaléia-em-salvas é uma variante rara da enxaqueca, que acomete muito mais os homens.

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualque atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho.

Boa parte das crises de enxaqueca terminam com o sono, ou então quando a pessoa vomita (principalmente as crianças). Ao fim de uma crise de enxaqueca, o paciente sente-se como que de ressaca, podendo apresentar, por mais de um dia, tolerância limitada para atividade física e mental.

Fonte: enxaqueca.com

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A nitroglicerina na área de saúde


A nitroglicerina também é empregada na área de saúde, onde é utilizada como vasodilatador, no tratamento de doenças cardíacas, para o tratamento da enfermidade isquêmica coronária, o infarto agudo do miocárdio e na insuficiência cardíaca congestiva. É administrado pelas vias intradérmicas, sublingual ou intravenosa. Pertence ao grupo dos fármacos antianginosos.

Quase todos os medicamentos atualmente usados para dilatar as coronárias são derivados da nitroglicerina.

O mecanismo do efeito da nitroglicerina nos doentes cardíacos foi descoberto por cientistas estadunidenses (Robert Fuchgott, Louis Ignarro e Ferid Murad, os quais receberam o Prêmio Nobel pela descoberta), que apresentaram estar relacionado aos mecanismos energéticos das células, nas mitocôndrias, e numa enzima que liberta óxido nítrico (NO). Quando a nitroglicerina se transforma em NO, provoca um relaxamento muscular e, conseqüentemente, alarga as artérias.

É de se notar que Ascano Sobrero (sintetizada por ele em 1847) já havia observado que a substância provocava dores de cabeça, causadas exatamente pela dilatação dos vasos cranianos. Mas quem primeiro descreveu os benefícios da nitroglicerina para os cardiopatas foi Murrel em 1879. Inicialmente ela foi utilizada, em pequenas doses, especialmente na medicina dos EUA , com o nome de glonoína, em solução alcoólica a 1%, para combater a nevralgia do coração, os distúrbios nervosos, a enxaqueca, o soluço e o enjôo.

Em 1879, na Corrida Ciclística dos Seis Dias, na França, os franceses, alguns ciclistas usavam a nitroglicerina pelo seu efeito vasodilatador coronariano.

Em 1886, na Corrida dos 600 km entre Bordeaux e Paris se tem a primeira notícia de morte por uso de estimulantes: morre o ciclista inglês Linton, que usou uma mistura de cocaína com nitroglicerina.

Fonte: Wikipédia

Pesquisadores brasileiros descobrem curativo natural



O curativo ajuda no tratamento de feridas de cicatrização difícil e tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima vêm de sangue doado.

Pesquisadores brasileiros descobriram um curativo natural para o tratamento de feridas de cicatrização difícil. É feito de sangue humano.

O aposentado Arthur Travasio tem feridas na perna causadas por uma queimadura que nunca cicatrizou. Agora, ele começou um tratamento com um gel que funciona como curativo natural.

O produto é fruto de uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Hematologia da Unesp de Botucatu. O medicamento tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima vêm de sangue doado.

"O que nutre todos os tecidos é o sangue, então deveria estar neste sangue a resposta para as feridas”, disse a pesquisadora Elenice Deffune.

O sangue passa por essa máquina que divide o material em três partes: hemácias, usadas nas transfusões; plaquetas, utilizadas no tratamento de leucemia; e plasma, que na maioria das vezes era descartado. E é justamente o plasma a fonte do novo remédio.

A principal função do produto é estimular o organismo a conter a ferida. A ação das proteínas que estão presentes no gel ajuda a recuperação dos vasos sanguíneos, a formação de nova pele e o fechamento da lesão.

"São substâncias que interagem com a própria química do organismo", disse a pesquisadora Rosana Rossi Ferreira.

O gel está em fase de testes, mas logo deve ser comercializado. "Ele é economicamente viável e é cientificamente lógico", afirmou Elenice.

A auxiliar de enfermagem Conceição Marfil sofreu com úlceras nas pernas durante sete anos. Depois de usar o curativo natural, não tem mais nada.

"Foi uma salvação, tanto na parte estética, como emocional também, porque a pessoa que tem essa úlcera acaba se fechando um pouco".

De acordo com os pesquisadores, o gel desenvolvido pela Unesp deve custar um terço do preço dos medicamentos convencionais.

Fonte: G1.globo.com