A nitroglicerina também é empregada na área de saúde, onde é utilizada como vasodilatador, no tratamento de doenças cardíacas, para o tratamento da enfermidade isquêmica coronária, o infarto agudo do miocárdio e na insuficiência cardíaca congestiva. É administrado pelas vias intradérmicas, sublingual ou intravenosa. Pertence ao grupo dos fármacos antianginosos.
Quase todos os medicamentos atualmente usados para dilatar as coronárias são derivados da nitroglicerina.
O mecanismo do efeito da nitroglicerina nos doentes cardíacos foi descoberto por cientistas estadunidenses (Robert Fuchgott, Louis Ignarro e Ferid Murad, os quais receberam o Prêmio Nobel pela descoberta), que apresentaram estar relacionado aos mecanismos energéticos das células, nas mitocôndrias, e numa enzima que liberta óxido nítrico (NO). Quando a nitroglicerina se transforma em NO, provoca um relaxamento muscular e, conseqüentemente, alarga as artérias.
É de se notar que Ascano Sobrero (sintetizada por ele em 1847) já havia observado que a substância provocava dores de cabeça, causadas exatamente pela dilatação dos vasos cranianos. Mas quem primeiro descreveu os benefícios da nitroglicerina para os cardiopatas foi Murrel em 1879. Inicialmente ela foi utilizada, em pequenas doses, especialmente na medicina dos EUA , com o nome de glonoína, em solução alcoólica a 1%, para combater a nevralgia do coração, os distúrbios nervosos, a enxaqueca, o soluço e o enjôo.
Em 1879, na Corrida Ciclística dos Seis Dias, na França, os franceses, alguns ciclistas usavam a nitroglicerina pelo seu efeito vasodilatador coronariano.
Em 1886, na Corrida dos 600 km entre Bordeaux e Paris se tem a primeira notícia de morte por uso de estimulantes: morre o ciclista inglês Linton, que usou uma mistura de cocaína com nitroglicerina.
Fonte: Wikipédia
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